quinta-feira, 7 de maio de 2015

Descartes e o discurso do método.

Numa obra intitulada "Discurso do método", o filósofo francês Descartes (considerado o iniciador do racionalismo moderno) descreve a intuição intelectual que ficou conhecida como cogito cartesiano, ou, mais simplesmente, o cogito. Descartes escreve, em latim: "Cogito, ergo sum", isto é, "penso, logo, existo".
Por que essa afirmação é um conhecimento intuitivo? Porque, quando penso, sei que estou pensando e não preciso provar e demonstrar é pensar. Ora, para pensar é preciso que alguém realize o ato de pensamento; portanto, aquele que pensa existe necessariamente como um ser pensante, pois, sem ele, não haveria o próprio ato de pensar. E isso também não precisa ser provado ou demonstrado, mas é imediatamente evidente.
Por que essa intuição é intelectual? Porque é realizada exclusivamente pelo intelecto ou pela inteligência, sem recorrer a nenhum conhecimento sensível ou sensorial. Quando digo "Penso, logo, existo", estou simplesmente afirmando racionalmente que sei que sou um ser pensante ou que existo pensando, sem necessidade de provas e demonstrações. A intuição capta, num único ato intelectual, a verdade do pensamento pensando em si mesmo.

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